O banquete de lixo
Ando pelas ruas só fumaça de automóvel
eu vou respirando
ando pelas praias chutando latas
e detrito dos humanos
Me vem a fome e saio procurando
entro no açougue e compro um kg de corante
no mercado folhas de inseticida e aromatizante
Me vem a sede e como um escroto
bebo água filtrada do esgoto
Então sento a mesa e como até enjoar
a podridão do mundo que tenho que arrotar
E a terra da natureza
que era um paraíso
os humanos transformaram-na
em um verdadeiro latão de lixo