O banquete de lixo

Ando pelas ruas só fumaça de automóvel

eu vou respirando

ando pelas praias chutando latas

e detrito dos humanos

Me vem a fome e saio procurando

entro no açougue e compro um kg de corante

no mercado folhas de inseticida e aromatizante

Me vem a sede e como um escroto

bebo água filtrada do esgoto

Então sento a mesa e como até enjoar

a podridão do mundo que tenho que arrotar

E a terra da natureza

que era um paraíso

os humanos transformaram-na

em um verdadeiro latão de lixo

Zélaio
Enviado por Zélaio em 14/04/2013
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