E no balanço do tempo/ Reflete no mar/ Cacos de ossos/ SAI DESSA, BICHO/ Minha lápide/ Cachaça/ Sim

E no balanço do tempo

E no balanço do tempo

Qual as ondas no mar

Água vai água vem

Sempre pra la e pra cá

Até as pedras se encontram

Menos eu re-encontrar

Aquela paz que sentia

Quando na 'areia do mar

Desenhava fantasias

Sempre a esperançar

Vejo que era utopia

Sei não vou mais alcançar

Gente sorrindo, cantando

Sua alegria esbanjando

Tal qual se vê na floresta

Harmonia qual orquestra

Quando a passarada em festa

Quiçá celebrando a dádiva

Do Criador recebida

Dando-lhes como guarida

A Natureza desfrutar.

Reflete no mar

Procurar não deves

Suprime este anseio

O céu se azul

No ocaso é vermelho

Quando a tarde cai

Reflete no mar

Qual fosse um espelho.

Cacos de ossos

Te sentes belo

Denigres o feio?

Sugiro penses

Nas horas de ócio

Tu e ele

Se tiverem sorte

Serão no final

Cacos de ossos.

SAI DESSA, BICHO

"Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando foi justamente n'um sonho q'ele me falou..."

'Sai dessa bicho

Teu tempo já passou

Nesta Nau

Não há mais espaço

Para sonhador.

Tenta te adequar

Aos ditames

Do monstro sistem

Ou terminaras

N'uma de horror.

Lembra-te que o Homem

Tentou alertar

Um dos Seus amigos

Para O entregar

Por 30 moedas

O sistem o subornou

Dista tanto tempo

Da Sua Mensagem

Hoje teorizam

Visao mercenarem

Mas a pratica, bicho

Sabes muito bem

Quase so o fazem

Os que menos têm.

É assim amigo

Que a bandatoca

E o miserê

Se vê alastrando-se

Milhares, milhões

Vivendo em malocas

Só os mais espertos

Se dão muito bem

Não apercebendo-se

Que é temporal

Tanta mordomia

Pois do Outro lado

O Homem Falou

O que conta ponto

E a Lei do Amor.

Vivida de fato

Não teorizada

Assim lado a lado

Podem se encontrar

Quem teve castelos

Ou viveu ao léu

Como teto Nuvens

E leito as calcadas.

Minha lápide/ Cachaça/ Sim

Busco e não desesperanço:

um lugar

um cantinho

que mesmo sozinho

a beira da praia

possa morar

cansei de ficar

tentando agradar

não ser bem sucedido

acontece comigo

não sei o por que

de tanto querer

pareci insano

e o meu desengano

pouco a pouco aumentando

o tempo passando

nele eu me perdendo

hoje me arrependo

de não ter vivido

fiquei escondido

fiz do meu mundinho

uma casca de noz

e em meio a milhares

me sentindo a só

eu e eu mesmo

um lado outro lado

cometi o pecado

só fazer o bem

e espaço não tem

viver desse jeito

pois mundo perfeito

talvez possa encontrar

quem sabe alem mar

n'uma praia deserta

cabeça tiritando; caso ou quando eu dormir e não mais acordar, queiram afixar, este em minha lápide.

2 em 1

Convencido,sim eu sou

Que sou mesmo 2 em 1

O real e o virtual

O 1 o esquisito

O outro dizem legal

Sou tal qual 1 livro aberto

Descartam-me no final.

Cachaça

Imedivel linha tênue

Qual cortina de fumaça

Embaça meu corpo treme

Sera alucinação?

Ou efeito da cachaça?

Bebi - não tenho costume

Pensei esquecesse o tempo

No qual embalava sonhos

Dormi - tive pesadelos

De mim s[o faziam graça.

Sim

Eu quero revanche

Ao menos uma outra chance

Distraído ibernei

Tarde demais acordei

Não arisco fazer planos

Pois já avisto o outono