Escuros sem brilhos, Claros confusos!

O vazio que o olhar enxerga, líquidos,

O estado de impotência, por ser deixado,

O sangue que o lamento acusa, grosso,

Dedos afogados num copo assim vazio,

O peito cheio de recordações bem quistas,

Daquilo que não se fez ou deixou para depois,

O depois não acontece, a alma entristece,

Toda a distância que se toma no entorno,

Desvios sendo trilhados, desculpas sem verdades,

A lágrima que nunca seca ante o marasmo,

Nem as melhores cenas passando, alegram,

O corpo entorpecido, dores fantasmas gritando,

Perguntas estranhas de pessoas estranhas,

Ampla acidez na amarga boca tão seca,

Por menos que se pense, a solidão reclama,

Reclama tão alto, que é ensurdecedor,

Mais dores martelando o corpo fatigado,

Dos poucos olhares trocados o vazio das falas,

Vontades sendo escondidas, embrulhos finitos,

O tempo demora para cicatrizar desejos inacabados,

Quando vazios são criados em atos intempestivos,

Brilhos baratos & intensos chamam mais a atenção!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 24/03/2007
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