Escuros sem brilhos, Claros confusos!
O vazio que o olhar enxerga, líquidos,
O estado de impotência, por ser deixado,
O sangue que o lamento acusa, grosso,
Dedos afogados num copo assim vazio,
O peito cheio de recordações bem quistas,
Daquilo que não se fez ou deixou para depois,
O depois não acontece, a alma entristece,
Toda a distância que se toma no entorno,
Desvios sendo trilhados, desculpas sem verdades,
A lágrima que nunca seca ante o marasmo,
Nem as melhores cenas passando, alegram,
O corpo entorpecido, dores fantasmas gritando,
Perguntas estranhas de pessoas estranhas,
Ampla acidez na amarga boca tão seca,
Por menos que se pense, a solidão reclama,
Reclama tão alto, que é ensurdecedor,
Mais dores martelando o corpo fatigado,
Dos poucos olhares trocados o vazio das falas,
Vontades sendo escondidas, embrulhos finitos,
O tempo demora para cicatrizar desejos inacabados,
Quando vazios são criados em atos intempestivos,
Brilhos baratos & intensos chamam mais a atenção!
Peixão89