Hora dos Santos
A noite tão bela
tão cheia de vida
oculta e serena
A lua e a vela
a obra esculpida
sob a escrita em pena
A obra do novo século
profunda e ébria
doentia moléstia moderna
Limitada ao eterno círculo
dissimulada em torpe injúria
com tua torpeza externa
A palavra, ato sagrado
divino e celestial
digno somente aos santos
Palavra, servirei de bom grado
sob o fúnebre canto angelical
que fui escravizado aos prantos
O relógio sem badalar
vejo somente passar o tempo
sem viver um instante
Mil segredos a revelar
recolhidos dos sete ventos
que só me enfeitam em estante
Sagrados homens e mulheres
que trouxeram luz a escuridão
unidos a uma só prece
Diziam: "Faça só o que puderes
lute com mente e coração
e não haverá dia que escurece"
As estrelas são seus relatos
místicos e eternos santos
em outro reino viverão
O brew no céu são outros fatos
despedaçados em cada canto
que o povos jamais ouvirão
O canto da noite
belo e sinistro
que me faz viajar
Só os seres da noite
que miram santo astro
poderão à noite deleitar
O início e a metade
até o fim dos tempo
és a única verdade
A palavra e a arte
que na hora dos santos
nos trará liberdade