Efervescência
Através do vidro, a velocidade
Dispara nas ruas e praças num
Ir e vir de pedestres e ciclistas,
Olhar cobiçoso veste moralidade
Num pleno bacanal de sedução,
Volto meu olhar para dentro, logo
Assusto com a tal, inconsciência
Aguardando-me para o desjejum,
Feito de impaciência! Eu, cronista,
Que sou das loucuras da cidade.
Na calçada outra grande criação
Desnuda em eletrizante diálogo...
Fome e sexo rolam efervescência.
Eu, ali, vendo tudo sem olhar nada!