deixar

deixo-o no meu tecido

de tergal, ao sino,

que minha mãe ainda bate

na hora de almoço;

deixo-o no vão da

mesa, no canto da cartina

e nos entremeios das falas

de outro tempo da memória

deixo-o á beira do rio,

acalentando os peixes

e as capivaras, segurando

o manto azul e aboletado

que, desses que nos fecha

da retina

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 13/04/2013
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