da lingua
da lingua
da pedra
su eu rio de acucena
abismado de dor
e poeira
me desliza entre
os dedos
e vejo linhas
brancas que
me amarra;
meu desejo
e sua ladeira
são barcos
sem pernas
e a dança
se quando
se está no amor
é feita de terras fecundas
e dali, o recato,
se mostra fora
da moldura do retrato