da lingua

da lingua

da pedra

su eu rio de acucena

abismado de dor

e poeira

me desliza entre

os dedos

e vejo linhas

brancas que

me amarra;

meu desejo

e sua ladeira

são barcos

sem pernas

e a dança

se quando

se está no amor

é feita de terras fecundas

e dali, o recato,

se mostra fora

da moldura do retrato

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 13/04/2013
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