Das Sequelas das Existências
No amparo do abraço do mundo
eu encontro um resquício de amor
que em casulo tenta se dispor
de uma forma nua e desconhecida
que é a necessidade evolucionária da lida
no entanto, um pranto na face surgiu
de olhar pra esse mar de desolação
que desgasta e aflige o âmago do coração.
Procuro esquecer ou mudar de direção
sem sair dessa estrada de idas e vindas,
de mortes e vidas já grafadas no destino
onde a escolha é a seta da determinação
e o chão onde piso as vezes escorre
pelos rios e cascatas do tempo retido
naqueles minutos onde eu não tinha existido
ou apenas um sopro divino de coesão.
Tentar esquecer, no entanto não tem valia
na senda de muitos obstáculos transpostos
aliás, se não houvesse todas essas recordações
não teria entendido o teor das minhas lições
que aprendidas e vividas algures pelos inícios
por onde os finais já não mais existem
e o que é real quase sempre inexiste
entre os gostos das flores que provei do amanhã.