Da Batatinha, Quando Nasce...

Batatinha, quando nasce,

se esparrama pelo chão...

e eu não me esparramo fácil,

pois não sou batata, não!

Batatinha, quando nasce,

é fruto de plantação...

Não cultivo a sua face...

planto no seu coração!

Batatinha, quando nasce,

quer ir para a refeição...

Eu não quero seu disfarce...

dê-me a sua solidão!

Batatinha, quando nasce,

é do arroz e do feijão...

Eu seria, se deixasse,

seu servo da gratidão.

Batatinha, quando nasce,

aceita ir pro sopão...

Eu aceito o enlace...

caso com a sua emoção!

Batatinha, quando nasce,

sabe que vai pro fogão...

Eu sei que é melhor que passe

o fogo da sua ilusão.

Batatinha, quando nasce,

não sonha que é mamão...

e, antes que eu acordasse,

sonhei contigo, então!

Batatinha, quando nasce,

vira trova e canção...

O poeta é que cace

um jeito de virar pão!

Batatinha, quando nasce,

se esparrama pelo chão...

como se esparramasse

poesia na inspiração!

12-04-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 12/04/2013
Reeditado em 11/01/2024
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