O berro do coração

Ali esta o guardião das vozes malditas

Porta voz das bocas famintas

Sem viver de amor

Sem viver de dor

Dentro do barril das almas perdidas

Ele vê a luz se consumindo e o dia indo e indo

Suplicando seu amor

E agora é a boca fria antes quente, que suplica por calor

O tempo só aguça a tristeza que o rasga

E na hora da verdade

A razão da defeito

Seu destino vira defunto

E a saudade arde no peito

Então digo-te caso queira falar de mim

Poderia dizer-lhe flores com a boca cheia de cacos

Se assim pedido fosse

Aceitar o fim é fácil

Difícil é encara a vida diante de uma cova rasa

Feita a tua medida

Tanto eu como tu sabemos

Que a humanidade é uma mentira que o tempo complementa

Aí... Diz ele vendo o frio lhe tomar

Pensa então em sua antiga amada

Pois ela se morreu

Maldando fala de complementaridade

Não aquela normal,a que todos almejam

Fala sim do ouro de tolo da falsa emoção

Da sobreposição do eu presente sobre o eu futuro

E já tremulo e cálido de febre

Declara seus últimos desejos

E com a voz fraca delira mandando beijos

autor:FSantanna. 1999

FSantana
Enviado por FSantana em 12/04/2013
Código do texto: T4236583
Classificação de conteúdo: seguro