Romântico

Eu abaixei a guarda,

depus as armas

e só a alma que aguarda

o retorno aos seus braços,

restou.

Embaraços tantos,

desencantos, dores,

todos desapareceram,

quando o meu abraço,

abraçou-se ao seu.

Mas eu,

eu já não posso me iludir,

sem esquecer que sonho,

devaneio e brinco...

O afinco que tive em saber,

mostrou ao meu ser

que tudo muda

e mesmo que lhe tenha,

um dia irei perder você.

Mesmo assim,

deixo pulsar o sonho,

deixo chegar o amor,

que só ao ator pertence,

infinito

enquanto dura a cena,

que encena meu coração.

Depois, me revisto com a armadura,

couraça de um couro calejado

e enquanto a dura vida prossegue,

segue em meu coração o amor,

em minha mão a espada

e talvez, em meu abraço,

o seu.

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 11/04/2013
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