Sempre

É sempre muito bonito, outrossim lindo de morrer essas indecisões,

Vir, rever, sorrir, beijar, ruir, abraçar, sentir, e choramingar.

Prestar tuas últimas condolências e a minha indignação num diverso caixão renasce.

Nascer e morrer eis a questão.

Tudo e todos para que?

Para que a cruz?

Para que tanta luz?

A madrugada aprochega-se delineando as nossas peculariedades.

Pecadores nós?

Abençoa-me com uma rés compaixão e flagela-me a alma completamente diversificada ao som dos sorrisos,

ao velar com choros, a minha temível e fúnebre inspiração.

Quem te viu e quem te ver?

Nunca vis ao fervor da minha aflição.

Corroendo-me e excluindo-me.

Sempre aos sons, sempre a música, sempre você mesmo.

Veemente verso constrange-me.

Alguns oram, outros louvam a não sei quem.

Calo-me ou calem-se!

Distraio as atenções dos mortos vivos, comum a um tropeço breve.

O terrível acontece quando bem nem gritamos, e arranjamos um belle epoque para acordamos e concordarmos.

´´As flores chegaram´´ e tudo acabou.

A dor é de todos, as lágrimas são a beira do caixão.

Os gritos são de sofreguidão.

Ajuda-me e enterra-me!

Deixa minha loucura invadir-lhes os sentimentos, robustos e solidários.

Renega a tua história e me larga em paz.

Zé Nascimento
Enviado por Zé Nascimento em 11/04/2013
Reeditado em 11/04/2013
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