EMIGRANTE
O frio doía-lhe os ossos
A roupa pesava-lhe no corpo
O branco castigava-lhe os olhos
Uma tristeza sombreava-lhe o rosto.
Ah! Saudade de sua terra!
Terra do outro lado do mar
Onde ventos balançavam coqueiros
E o sol saía
como de dentro do mar.
Ah! Saudade daquela terra!
Terra onde a infância vivera por lá
Quando menino correra e brincara
Soltando pipa
Ou no rio a nadar.
Ah! Vontade de voltar no tempo!
E lá viver a vida que não vivera por lá
Sentir pausado passar o tempo
Acordar feliz
No aconchego do lar.