Quase-Eu.

Eram 10 horas,

E a horas minha vertigem,

Cegava até meus pensamentos,

Pensava embriagado,

Quem morreu esta noite?

Velava pela alma dos pobres,

E sofria as dores dos esquecidos,

Ignorava a subsistência dos solitários,

Que se suicidavam aos montes em seu silêncio,

Talvez a calma esconda o desespero,

A dor no peito da inexistência.

Poucos aprendem a viver as sombras de si mesmos,

E não se julgam melhores do que os outros,

Não preciso ler teus lábios,

Para entender o que pensas,

No fundo, todos pensamos as mesmas coisas,

Em algum momento me sinto herói vencedor e vencido,

Que pensa em escrever livros,

Ou músicas de amor,

Que se vê próximo de suas criações,

Mas longe de seu próprio corpo,

Que tenta reconhecer o rosto,

Que rouba sua alma todos os dias.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 11/04/2013
Reeditado em 11/04/2013
Código do texto: T4235243
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