Cena estranha
Concebi um poema
Mas não quero dar-lhe à luz
Praticado o aborto
Eu o olharei sem remorso
Depois de morto
E direi a quem passar
A quem aquela cena estranhar
Está vendo este poema na calçada
Em sangue afundado
Ele é meu
E decidi seu fado