VINTE E QUATRO HORAS
O manto da Noite cobriu-me de sonhos,
Sonhei com a Lua, sonhei com a Estrela...
Quando em seus braços adormeci,
E me despertei nos braços da Aurora,
Que ao despedir-se, logo foi embora.
E o Sol ciumento com flechas de raios,
Seus raios de fogo, quase a me queimar,
A Tarde chegando, tão calma e serena,
Acalmando a fúria quase implacável,
De um Sol escaldante, que aos poucos se abranda,
O Tempo encurvado, de tantas andanças,
Seguia o caminho, com seus passos lentos,
E assim muitas horas haviam passado,
A Tarde tomou o meu corpo cansado,
Nos braços da Noite, entregou-me outra vez,
Pois foram ao todo, vinte e quatro horas.