DE VOLTA PARA O PRESENTE
DE VOLTA PARA O PRESENTE
Autor: Maurício Irineu
Viajei para o passado
Na minha máquina do tempo
E fiquei muito atento
Pra ver como era por lá
Nas ruas fui passear
E conheci muita gente
Vi tudo era diferente
E aqui quero narrar.
Vi que a corrupção
Beirava ao índice zero
E a moral, com muito esmero
Era prática corrente
O pudor era patente
Na vida cotidiana
Achei tudo tão bacana
E fiquei muito contente.
Vi, nas casas de família
Um povo bem educado
O idoso respeitado
Com muita satisfação
Sem qualquer apelação
Era o traje feminino
Os moços tomavam tino
E tinham muita união.
Delegacia e presídio
Era uma raridade
Percorri toda a cidade
Com bastante segurança
Passeei com confiança
Que não seria assaltado
E nem seria abordado
Sequer por uma criança.
Fui a uma casa noturna
Ver como era a diversão
E voltei com o coração
Pulando de alegria
O povo se divertia
Na maior simplicidade
E sem nenhuma maldade
Mas com muita euforia.
Enfim, por tudo que vi
Fiquei muito satisfeito
Pelo uso do direito
Na prática daquela gente
Povo ordeiro, decente
Mas, nesse exato momento
Lembrei da máquina do tempo
E voltei para o presente.