há uma vida lá fora
eu, que me pensava santo
que me pensava mar ou
martelo, cidade de pedra,
um acordado, um canto
eu que me pensava grande,
do céu, seu brilho , em todos
os meses do ano;
vejo na debrodura da porta
que há uma vida lá fora,
que tudo que vivo,
não é do jeito que eu
pensava antes,
pois em alguma lugar eu
perdi esse olhar
que olha e que vê, como
a crinça infante