há uma vida lá fora

eu, que me pensava santo

que me pensava mar ou

martelo, cidade de pedra,

um acordado, um canto

eu que me pensava grande,

do céu, seu brilho , em todos

os meses do ano;

vejo na debrodura da porta

que há uma vida lá fora,

que tudo que vivo,

não é do jeito que eu

pensava antes,

pois em alguma lugar eu

perdi esse olhar

que olha e que vê, como

a crinça infante

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 09/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
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