É noite no abandono...
A morte austera
empunha na mão
uma tétrica coroa de flores
Um verso é sepultado
no umbral da realidade
... nas pétalas de minhas dores...
Há fome de luz
e de respostas
sob esse céu
de precipícios
Há uma corrente
aprisionando-me
nessa sobrevida
crua e incerta
de murchos gestos
e suspiros
Há um outono
extinguindo a verve
e um minuano
correndo aqui,
entre os meios!
e de respostas
sob esse céu
de precipícios
Há uma corrente
aprisionando-me
nessa sobrevida
crua e incerta
de murchos gestos
e suspiros
Há um outono
extinguindo a verve
e um minuano
correndo aqui,
entre os meios!
Há um corpo
que já não suporta
o cerne da letra,
e fecha a porta
pra não se mostrar
ao íntimo verter
Há um poema
acuado no peito,
esperando ansiosamente
o dia de abrir os olhos
sem chover...
que já não suporta
o cerne da letra,
e fecha a porta
pra não se mostrar
ao íntimo verter
Há um poema
acuado no peito,
esperando ansiosamente
o dia de abrir os olhos
sem chover...
Agradeço a todos que,
de uma forma ou de outra,
enviaram-me suas palavras de carinho.
Obrigada, de coração...
Denise Matos