FOFURA

Antonieta Lopes

Nuvens amontoando-se lá em cima

Formam blocos no azul do infinito,

Não há poesia que a beleza exprima

Do conjunto fantástico e bonito.

Na rota um supersônico que prima

Pela audácia, as toca, mas restrito,

E as beija como o som doce da rima,

Do medo abafa íntimo, o grito.

De cá de baixo a cena aprecio,

Ninguém tanta grandeza reproduz

No verso, na pintura ou canto pio

Tudo é alvura, leveza, paz e luz,

Preenchendo o assombro e o vazio

D’alma que para Deus tudo isso induz.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 09/04/2013
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