Emoções
Que sensação gostosa!
Que sensação dolorosa!
É está que arrepia o nosso corpo inteiro
Da sola dos nossos pés aos fios dos cabelos?
Em momentos nos torna maiores que o mundo
Em momentos nos sentimos pisoteados pelo mundo
Que ventania é esta que retira do nosso corpo o peso
E da nossa memória as coisas vãs?
Que sons são estes que sublimam a crueza das nossas Realidades?
Como se podem criar-se em imagens nuas, sem vaidades?
Como numa revelação dos nossos preciosos sonhos
Das nossas fantasias extremadas delineadas aos demais.
Como entender algo que nos alimenta tanto para viver?
Que consegue nos saciar de tanta sede por viver?
Aonde descobrimos em nós estas vertentes?
Que fazem jorrar sentimentos mente abaixo como numa cascata de águas cristalinas.
Que nos levam pelos rios adiante numa distância aonde nunca imaginávamos chegar.
Como podemos de olhos fechados voltarmos no tempo e ver a tudo novamente sem tirar nada e ninguém do seu lugar?
Que nos traz a humildade das lágrimas que brotam libertas como pecados escondidos querendo se converter.
Como acreditar que os nossos pensamentos não estão sós nem em nosso silêncio vicioso e cheio de egoísmos?
As vidas nos cercam e nos fazem pensar que as emoções são algo que não podemos suportar sozinhos;
É preciso um meio, alguém para ouvir, ler, aproximar e querer ver.
Como podem exalar por momentos os perfumes mais puros de corações de pedra?
Como podem folhas verdes serem secas ao tempo e nem perceberem?
Ah! Quantas dores devem ser esquecidas, quanto ódio deve ser tolhido
Ainda enquanto a vida é sã e o perdão palpável!
Quantos instrumentos e ações transformam as emoções em coisas vivas
Músicas
Palavras
Olhares
Abraços
Beijos
Fazem parte de jardins de flores coloridas
Perfumadas
Renovadas de tempos em tempos
Desfolhadas ao vento
Renovadas porque as suas raízes estão no amor que é água,
Que é alimento, que é o ar que nos faz respirar novamente todos os dias, todos os momentos, até quando as nossas emoções forem suportadas pelo nosso coração valente.