Todo seu, nada meu

Nem por meio dia

Nem por toda vida

Negar o amor sentido

Refrear o sorriso

Não ser o que devo ser

Sendo eu mesmo de você

Todo seu, nada meu

Até um dia você crer

Que mesmo na dor do abandono

Com olhos vidrados no espaço

Escutarei vozes, ouvirei calado,

Firme! Até ser amado

E gritos de horror na escuridão

E apelos de morte ao coração

Não esmiuçaram meus sonhos

Nem trarão sangue em minhas mãos !

Corro aflito, passo-a-passo

Todo seu

Corro assim: perdido

Nada meu

Sou como o vazio

Todo seu

Lucius Calado
Enviado por Lucius Calado em 07/04/2013
Código do texto: T4228787
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.