Todo seu, nada meu
Nem por meio dia
Nem por toda vida
Negar o amor sentido
Refrear o sorriso
Não ser o que devo ser
Sendo eu mesmo de você
Todo seu, nada meu
Até um dia você crer
Que mesmo na dor do abandono
Com olhos vidrados no espaço
Escutarei vozes, ouvirei calado,
Firme! Até ser amado
E gritos de horror na escuridão
E apelos de morte ao coração
Não esmiuçaram meus sonhos
Nem trarão sangue em minhas mãos !
Corro aflito, passo-a-passo
Todo seu
Corro assim: perdido
Nada meu
Sou como o vazio
Todo seu