Da Insônia - II

amanheceu novamente mas nessa manhã

o sol me olhou com olhos de manhã doente

pois estava ausente o brilho de maçã

rubra romã que em seus lábios era ardente

sua sombria ausência congelou também

o brilho que em meu olhar mostrava ardência

e a neve de carência mostra que não tem

nem brilho nem ninguém nessa polar penitência

na manhã nublada arrepio do desencanto

que vestia o manto de também ser beijada

agora sem nada sem sol sem beijo sem canto

o gelo mudo é tanto que a madrugada

passa a noite acordada queimando um acalanto

mas a insônia no entanto amanhece gelada

07-04-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 07/04/2013
Reeditado em 10/12/2015
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