Da Insônia - II
amanheceu novamente mas nessa manhã
o sol me olhou com olhos de manhã doente
pois estava ausente o brilho de maçã
rubra romã que em seus lábios era ardente
sua sombria ausência congelou também
o brilho que em meu olhar mostrava ardência
e a neve de carência mostra que não tem
nem brilho nem ninguém nessa polar penitência
na manhã nublada arrepio do desencanto
que vestia o manto de também ser beijada
agora sem nada sem sol sem beijo sem canto
o gelo mudo é tanto que a madrugada
passa a noite acordada queimando um acalanto
mas a insônia no entanto amanhece gelada
07-04-2013