MEU CAMINHO
No meu caminho a saudade geme;
O amor dorme; a lágrima chora;
A alma reza; o coração aflito teme.
A mão acena o adeus a toda hora.
No meu caminho o chão é sempre gelado;
As árvores desfolhadas (todas nuas)
Folhas secas caídas; sol desmaiado;
Pessoas amargas vagando pelas ruas.
No meu caminho o sorriso foi embora;
O canto na garganta há muito morreu;
Os sonhos acomodaram junto à aurora
Que ainda dorme desde a tarde que se estendeu.
DIONÉA FRAGOSO