MEU CAMINHO

No meu caminho a saudade geme;

O amor dorme; a lágrima chora;

A alma reza; o coração aflito teme.

A mão acena o adeus a toda hora.

No meu caminho o chão é sempre gelado;

As árvores desfolhadas (todas nuas)

Folhas secas caídas; sol desmaiado;

Pessoas amargas vagando pelas ruas.

No meu caminho o sorriso foi embora;

O canto na garganta há muito morreu;

Os sonhos acomodaram junto à aurora

Que ainda dorme desde a tarde que se estendeu.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 07/04/2013
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