Sonhos - Impossível, mas Verdade
Onde voa o sonho de criança
Enfurecida sob o ceu em carmesim
Frustada n'outra noite sem esperança
Talvez mais pura que brilho de jasmim
Banhada no infortúnio do crepúsculo
Na miséria - Miséria sem escrúpulo
Asas dá-se sem saber, voa então
Decola ao horizonte - O raiar do novo dia
Quebrando a ilusão de passado sem escravidão
Adeus aos costumes - É só o que outros faziam
O mundo para ele, nasceu de novo então
E a este mundo, o garoto tem gratidão
Vidros assassinos e ilustrados - arranha-céu
Luxuria dos homens plebeus e esnobes
Privando do mais belo e puro véu
Prazer - em um sentimento mais nobre
Pobre a criatura, mas lindo teu mundo
Tolos - destruidores de tal mundo
Mas fulguroso, ainda vive o sonho
Transcendente entre vivos e mortos
Em eterno pesadelo e tão medonho
Provenientes dos caminhos tortos
Confusões d'outra época histórica
Singulares criaturas fobofóbicas
Além dos limites da montanha - acima
Existe a imensidão de possibilidades
Na terra a visão dos homens que afirma
Que o possível existe à todas as idades
A terra dos sonhos em impossibilidades
Sonhos - Um dia serão verdades