NAVALHA

Pra cortar toda carne

profana

E nunca mais servir só

para o maldito desejo

do outro

Pra desfazer o gosto

do desprezo

nas curvas de um corpo

provisório

Pra livrar do veneno

do vício imposto

e mentiroso

Pra deixar de ser o encaixa

de pernas que só usam

amassam, quebram

e esfriam o oposto

Pra lembrar

de virar o jogo

E não mais

se deixar envolver

por passatempos que

causam desgostos

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 07/04/2013
Reeditado em 07/04/2013
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