Tempos de secura!
Galões esvaziados com o passar do tempo,
Trilhas fechadas na precipitação do verde,
Pelos escombros, novas procuras & caminhos,
Sitiado na imensa solidão, restam esforços,
Para prosseguir o viver permitido, quase imposto,
Tudo lembra alguma coisa, detalhes espalhados,
Busca no interior da alma uma nova força,
Miragens reaparecem em cada espelho que se passa,
Verte um pouco mais de angústia nos pensamentos,
Daquilo que se faz, para seguir caminhando,
Tantos apertos sobrepondo-se pelo dia,
A noite transfigura-se como calma, ledo engano,
Cada aflição realçada pelo sopro da brisa,
Daquilo que se planeja para finalmente executar,
Idéias abortadas de uma hora para outra,
Tocou com mão mais solta, por melhor gosto,
Mal que se larga sem tentar se desenroscar,
Fitas trocadas, feitos difusos, atos confusos,
Mal se segura naquilo que mal se tem, ainda,
Olha para dentro, reconhecendo tantos erros,
Mais aflito ainda, tudo fica entristecido & tosco,
Nem o Sol consegue um sorriso aparecer,
No buraco que se encontra, a secura se impõe,
Só o tempo pode trazer de volta essa alegria!
Peixão89