A sétima noite

A sétima noite chega,

Minha mente ainda não repousa

E eu tenho sede.

Vago ouvindo meus pessos,

Meus sapatos molhados

Não me refrescam

Mas me fazem não penar.

Avisto um bar

Onde não costumo ficar

E sem nem ao menos sentar

Peço algo para beber.

Não vejo um amigo à sete dias,

Alguem me toca o ombro

E é uma amiga,

Diz que me viu virar a esquina

E me pergunta por onde eu andei.

Nas entrelinhas do que falamos

As inteções se tornam claras e quentes

E eu ainda tenho sede.

Mergulhamos no mais profundo de nossas almas

A fim de encontrar e curar nossas feridas

Com soluções fortes e amargas.

Levanto pela manhã

E vou até a sacada

Com uma baita ressaca

Noto que ela se foi

sem nem ao menos fechar a porta

Que nunca está trancada.

Werner Volmer
Enviado por Werner Volmer em 06/04/2013
Reeditado em 24/04/2013
Código do texto: T4227241
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