A sétima noite
A sétima noite chega,
Minha mente ainda não repousa
E eu tenho sede.
Vago ouvindo meus pessos,
Meus sapatos molhados
Não me refrescam
Mas me fazem não penar.
Avisto um bar
Onde não costumo ficar
E sem nem ao menos sentar
Peço algo para beber.
Não vejo um amigo à sete dias,
Alguem me toca o ombro
E é uma amiga,
Diz que me viu virar a esquina
E me pergunta por onde eu andei.
Nas entrelinhas do que falamos
As inteções se tornam claras e quentes
E eu ainda tenho sede.
Mergulhamos no mais profundo de nossas almas
A fim de encontrar e curar nossas feridas
Com soluções fortes e amargas.
Levanto pela manhã
E vou até a sacada
Com uma baita ressaca
Noto que ela se foi
sem nem ao menos fechar a porta
Que nunca está trancada.