a revolta

Ando violento na estrada

Grito o amor pelas tripas

Sacudo do corpo essa áurea

Do tempo que nele ainda mora

Eu entro nos anos tristes

E risco essa fase do mapa

Perfuro com minha espada

O curso que o rio fez errado

E vôo sobre as vilas queimadas

E jogo seus mortos na vala

Limpo da fome essa marcas

Que ficaram inscritas nas caras

E do céu, trago a tempestade

Dessas que berram e que matam

E derramo nos telhados das casas

E deixo-as limpas, vivas e amadas

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 06/04/2013
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