Estrelas ao alcance das mãos II
Luto do poente na penumbra discrepante
O crepúsculo cai mansamente.
Só os ventos passeiam loucos junto
ao silêncio
Murmurando qualquer coisa...
Assoviando ou uivando, cantando nas folhas das mangueiras.
Lâmpadas ao longe nas janelas das casas
Vagarosamente destilando tristezas.
Estrelas que pulsam prematuras no céu das seis horas.
Um poeta se enforcou na clarividência
de suas próprias ideias
O poema encolheu-se nas suas histórias
num silêncio assustador atravessado de ventos.