POESIA
A poesia é como uma gaivota que voa livre,
E sem destino, pois o poeta ao escrevê-la,
Perde o seu domínio, ou nada perde tudo ganha!
Ela sai de si, impregnada de suas vivências,
Mas, já não lhe pertence, por isso voam...
Voam..., por certo, para serem acolhidas,
Nos corações, mais longínquos, às vezes,
Amargurados. necessitados de paz!
Onde as palavras soam ávidas, reflexivas...
Como intensas verdades, como salvação!
Ou simples quimeras ou ideáveis fantasias.
E tornam-se ao longo da leitura,
Cantos de esperanças, a legitimar sonhos,
Pelas rimas que derramam, pelas luzes que trazem,
Nos olhos a esperança, a reconstrução.
E ao interpor as metáforas nas ilusões que anelam,
Às poesias criam asas, e voam, voam, sem destino.
Pois quem lê, carece dessas verdades,
Ou dessas utopias, para poder ninar,
Os seus próprios sonhos!
Albérico Silva