do amor perene
O amor, sempre
Amor a me desejar
A me querer a me
Devorar, sempre
Amor que fujo e
E que não quero,
Mas dele me nutro
E com ele me tempero;
Que quando estou em
Falta, eu todo me desespero
O amor que vejo nas
Plantas, nas filas dos
Ônibus, nos corredores
Dos malfeitos, nos sorrisos
Ainda satisfeitos...nas
Escadarias dos mistérios
É por ele que morro
Que desço abismos e
Corredeiras, que me sufoco
Que entorto, que me queimo
Todo e me apago todo,
E nele eu me ascendo
Ao Todo