O PERDÃO DOS DESVALIDOS
É assim que levamos a vida,
Fingindo que a vida é vivida
Nos dias de lassidão.
Segurando a tua mão,
Sinto a minha segurada
Por muitas entrelaçadas
Pelo peso do perdão,
Um dia dado e o outro não
Pois irônico é perdoar:
Quem pede perdão é coitado
Sonha só em ser perdoado
Para se livrar da aflição
Mas quem perdoa é levado,
Impunemente arrastado
Pelas brumas da ilusão.
E ai se fala que NÃO!
Vem a crucificação
No altar dos desgraçados
Pois perdoar é um legado
Que transpõe a geração
Dos fracos, dos oprimidos
Dos covardes, desvalidos
Que só querem um... perdão!.