A PROCURA DO MEU EU

Abri o meu coração

Tirei um favo de mel,

Ofereci o meu céu

A tua degustação,

Hoje respondes que não,

Que nada te foi ofertado,

Nada meu te fora dado,

E me tiras o que nem te dei:

O meu eu, o meu tesouro,

Meu lindo velo de ouro...

Respondes: não vi! não sei!

Mas tu sabes que em algum canto

Do teu vindouro desencanto

Que minha mão está lá

Ávida a me procurar

Dentro do corpo sombrio

Gelado, mortiço, frio

E um dia eu hei de me achar!

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 05/04/2013
Código do texto: T4225421
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