porque eu sou poeta

O verde que ainda trago

É o verde de quando chove

Que brilha e lembra vida e

E moça que ainda é jovem;

Arrancaram-me a textura

da pele sem sujeira,

deram-me grosserias,

E fecharam-me janelas

O verde resistiu, escondeu-se

No meu ventre, e creio que

Seja dele, essa coisa de poeta!