deserção
Minhas pernas
Me obrigam a andar
Subo ruas e desço
Mar. Eu sigo apenas
Estrelas;
O sol é uma conquista
A solidão é minha
Corda prima, meu
Celeiro de rimas;
Os amores, eu
Os guardo como tédio
E daqueles, deles
já não os quero;
Vivo o presente grave
De madeira e carvão
Que se não pode limpar
Pelo pouco, gratidão
Mas eu não desapareço...
(Quando do que vejo
não me abasteço;)