A flor orvalhada de Paula Ana

quando Paula Ana cruzou as pernas

e um naco de vida resplandeceu,

ajoelhei sobre as águas e

sobre as pedras, me acendi

e descobrir-me o farol.

e minha imaginação, tão poderosa

quanto o céu, arriou do seu cavalo

bravo , pulou sobre o tablado;

e dançou em fogo como o sol

meu corpo, que antes, boiava

no mar morto, abriu-se em janelas

e de longe, dentro dela, eu

vi que havia um flor

um flor perfumada e orvalhada

que queria me falar de amor...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 04/04/2013
Reeditado em 04/04/2013
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