túmulo fechado
Desci onde não há céu
Ou claridade, onde não
Existe fé, outra realidade
Que não fala dos homens
Ou dos anjos, mas das
Pedras e dos musgos,
Das boca fechadas,
Dos abismos sem nomes;
Lugar precário de um
Sono sem fim, um lugar
De solidão larga e despedaçada
Onde os sentimento são brutos
E correntes fortes nos segura
A estrada,
Sem luz ou tenacidade
Tudo parco, sem vontade
Um nojo surdo e infecundo
De amor pobre e ossudo
Um torpor que abafado
Me afoga e me aperta
Como se eu tivesse preso
Num túmulo fechado