Silêncios...
Almeida Júnior, 1899
As pedras não falam,
Feito as dores, silenciam, simplesmente...
Silêncios seriam vozes que calam,
Ou seriam mudos os silêncios?
Silêncios são silentes,
Silenciosamente, calam.
E, ao calar, dizem tudo...
Silêncios são as vozes da alma!
As rosas, as madrugadas,
As lágrimas, os olhares apaixonados...
Não falam, não dizem nada,
O silêncio se basta...
Mas sua mudez me invade...
Ora aquieta, ora grita em minh'alma,
Quando em noites silenciosas,
Vem arrancar-me versos de uma muda saudade...
Almeida Júnior, 1899
As pedras não falam,
Feito as dores, silenciam, simplesmente...
Silêncios seriam vozes que calam,
Ou seriam mudos os silêncios?
Silêncios são silentes,
Silenciosamente, calam.
E, ao calar, dizem tudo...
Silêncios são as vozes da alma!
As rosas, as madrugadas,
As lágrimas, os olhares apaixonados...
Não falam, não dizem nada,
O silêncio se basta...
Mas sua mudez me invade...
Ora aquieta, ora grita em minh'alma,
Quando em noites silenciosas,
Vem arrancar-me versos de uma muda saudade...