A MESMICE DA MUNDANIDADE

O MESMO GOSTO SEM GOSTO

EU TENHO DE GOSTAR...

NA MESMA CASA DA MESMA RUA

EU TENHO DE MORAR...

A MESMA BOCA DENTADA

DA MINHA DOCE AMADA

EU TENHO DE BEIJAR...

O MESMO TRABALHO QUE SUFOCA

É A CHAVE QUE ABRE AS PORTAS

PARA EU MESMO PASSAR.

A MESMA AMARGURA

DO MESMO JEITO

GERA A SECURA QUE DÓI NO MESMO PEITO...

A MESMA DESCULPA É USADA

NOS MESMOS ABUSOS DE COISA ERRADA...

A MESMA MATEMÁTICA QUE SOMA

É A CHEFONA QUE DIVIDE E MULTIPLICA

DIMINUE E TIRA A PROVA...

AINDA TEM AS MESMAS TAXAS

QUE O MESMO SISTEMA RENOVA.

A FALTA DE CUIDADOS

OS MEUS ÓRGÃOS RECLAMARAM...

SÓ DE OUVIR A MESMA BABOSEIRA

OS MEUS TÍMPANOS ESTOURARAM...

A MESMICE DA MUNDANIDADE ME INCOMODA

É A MESMA MODA QUE NUNCA VAI MUDAR...

A MESMA HISTÓRIA REPETIDA

FAZ O MESMO JORNAL DA VIDA

QUE SEM LETRAS PODE CIRCULAR...

A MORTE É A REDAÇÃO FINAL

QUE NINGUEM QUER EDITAR.