Seguro para o pé na bunda
Ele foi deixado, mas não foi avisado
Segundo o cara ela deu um tempo...
Preferiu mostrar o seu talento... para outros.
Lá fora o dia é Sol,
E no apartamento só lamento.
Ele chora, reclama, não se cansa.
Ela se proclama solteira,
É faceira, deixa a vida lhe levar
A mulher é bonita, abusa dos seus dotes,
cheia de fricotes.
Adora os homens cheios da grana,
E são esses que nela podem cavalgar.
Mas ela tinha amor,
Algo que afaga a dor,
Proporciona calor,
Afasta do Capitalismo...
Ela queria mesmo era o niilismo.
Não acreditar em nada era o seu novo lema.
Proclamou-se pertencente a vida,
Saiu sem partida, tomando rumo ignorado.
Dizem por aí que ganha seu dinheiro de maneira limpa,
Mas é uma vida bandida que ela quis arriscar.
Ele fica triste, sem palpites,
Só sabe chorar...
Acho que precisa tomar jeito,
Limpar o rosto e começar a exigir...
Exigir sim: um seguro para os desamparados,
Desses que não possuem pecados,
Ignorados pela mulher que apenas desejou amar.
Um seguro para o pé na bunda seria o ideal.