Seguro para o pé na bunda

Ele foi deixado, mas não foi avisado

Segundo o cara ela deu um tempo...

Preferiu mostrar o seu talento... para outros.

Lá fora o dia é Sol,

E no apartamento só lamento.

Ele chora, reclama, não se cansa.

Ela se proclama solteira,

É faceira, deixa a vida lhe levar

A mulher é bonita, abusa dos seus dotes,

cheia de fricotes.

Adora os homens cheios da grana,

E são esses que nela podem cavalgar.

Mas ela tinha amor,

Algo que afaga a dor,

Proporciona calor,

Afasta do Capitalismo...

Ela queria mesmo era o niilismo.

Não acreditar em nada era o seu novo lema.

Proclamou-se pertencente a vida,

Saiu sem partida, tomando rumo ignorado.

Dizem por aí que ganha seu dinheiro de maneira limpa,

Mas é uma vida bandida que ela quis arriscar.

Ele fica triste, sem palpites,

Só sabe chorar...

Acho que precisa tomar jeito,

Limpar o rosto e começar a exigir...

Exigir sim: um seguro para os desamparados,

Desses que não possuem pecados,

Ignorados pela mulher que apenas desejou amar.

Um seguro para o pé na bunda seria o ideal.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 22/03/2007
Código do texto: T422199
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