Rua sem pássaros, chuva...

Ninguém consola a própria alma

Dos pássaros que somem

Durante a chuva.

Somem os pássaros

Que ninguém vê!

Onde repousam essas alminhas de fantasia e canto?

Formam delicado conjunto ao revoar surgimentos

Em plumas coloridas, e que mais alto alimento,

Sonhos que voam pelos mais altos encantamentos.

Afastamentos sem mágoa, sem perdão, sem pranto.

Levitam abstratos, pássaros de espaços submersos

Feito pesado mundo que flutua

Entre os mais calados segredos da rua.

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Somem ao som trivial da chuva...

3/04