LIBERDADE

O passo não anda, o sonho não sonha,

a palavra desanda, êta vida bisonha!

calei, chorei!

Quebrei a cara num capricho qualquer,

atrás da saia de uma mulher



Censurei, camuflei a verdade,

a impoderável dualidade vivenciei,

nos contornos da emoção tangenciei,

a felicidade não era assim;

Aí calei, chorei!

Quebrei a cara num capricho qualquer,

atrás dos encantos de outra mulher.



Agora quero pura liberdade,

falar, extravasar à luz da razão,

a falsidade refletiu por aí,

a imagem distorcida refiz,

desfiz um capricho qualquer,

vesti a película do orgulho que restou,

hoje já não sou mais escravo

das tentações de nenhuma mulher.

fev/05

Andrade Jorge

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Registro Fundação Biblioteca Nacional
ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 22/03/2007
Reeditado em 18/04/2007
Código do texto: T422138
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