Quem diria
Quem diria, descobriu-se o paliativo
Antes de morrer, doer é um bom alívio
O sofrimento de dentro, sempre é o pior
Quem diria, o sacrifício de pequenas células
Resolvem por instantes, as fraturas da alma
Cortar-se, para estancar o peito dilacerado
Quem diria que aquele que se fere
Por fora, tem melhor forma de resistir
Toda corrosão que no peito insiste em pulsar
Quem diria, que tudo que é belo e eterno acabaria
Que de constante, só a transformação do instante
Que de feliz, só o vazio da boca de quem diz...