Da Palavra - II
Não possuo ouro pra reluzir seu conforto
(se ele te faz uma confortável escrava)...
tenho apenas o mar do sentimento...e o porto
é o meu coração (onde ancora a palavra).
A escravidão do poder é louca tempestade
que meus olhos nunca poderão te oferecer...
mas, a posse da palavra (que é liberdade),
tenho...e, com suavidade, posso chover.
Se há deserto no silêncio do seu castelo
e não consegue comprar um sonoro oásis;
tenho esse mar (onde as ondas são as frases)
e é na praia da doação que eu te revelo :
-Moça, nem as deusas da fortuna são capazes
de pagar pela posse do que é livre e belo.
01-04-2013