Andanças e Danças nas Cantigas das Estrelas

Vai poeta na noite se vislumbrar

compondo cantigas de roda

até mais um dia raiar e trazer o sol alegria

na tez corada da face do amor.

Vai poeta e encante as estrelas do mar

num barco sozinho no espaço

que distante navega sem portos

em mundos de vivos e mortos.

Vai poeta e cante sua vida em sepulcro

na terra que já foi distante

e agora foi antes além até da mesmice

que é renascer e viver todas as promessas.

Vai poeta e escale a montanha da vida

e as flores mais belas colha para sua querida

e os olores mais raros guarde em frascos herméticos

e carregue-os em alforjes sutis de conhecimento.

Vai poeta e adormeça em crateras da lua

ou apena declame na rua

ou na alcova onde ela está nua

entre os sonhos secretos de uma poesia.

Vai incansável poeta e derrame seu sangue

no bico da pena entrelinhas às letras serenas

de uma fórmula mágica de um livro perdido

onde grafaram poesias rupestres sem sensações.

Vai poeta e retorça as arestas do tempo

e nas curvas atemporais pare e reflita

sobre quão vago é cada olhar espacial

que lançaste sobre os cadernos dos julgamentos.

Vai poeta que contigo irei mais que depressa

e juntos nas plêiades retesaremos nossas ideias

tornando-as vociferantes como mil gritos

ou apenas nos escondendo por detrás dos mitos.

Vai poeta e nas suas andanças cante serestas

e dance no baile estelar suas cantigas de ninar

pois, estarei contemplando lunetas aos firmamentos

esperando vislumbrar o nascer da sua estrela.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 01/04/2013
Código do texto: T4217656
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