Fendas

Fendas

Nem tampouco os sonhos

na vil madrugada

afaga a dor de saber .

Das infinitas grades invisíveis

Que deitam sobre meu pulso.

E a sentença se espalha sobre a mesa

como o leite sagrado escorre o peito,

jurando perseguir e lembrar aquele

que bebe o mel da vida.

Os teus dias são findados ao rei.

Mas que velho fruto quer

fugir desta floresta eterna,

áspera em noites que estou só?

Minha crença é a vontade

E a lagrima é o sagrado

Como o sol que surge e cega

mesmo que o ser queira negar-se.

A vida é mais forte, e a luz escapa

dentre grades, e túmulos iluminando

que resta, e o que resta quer.

Camper
Enviado por Camper em 22/03/2007
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T421699