Tango ou poema dos pulsos cortados

Sobre a mesa jaz

um par de poema riscados

mortas as flores lilás

uma poça de vermelho encharcado

brilha a lâmina voraz

A vitrola não toca jazz

e os desencantos olham - se

de revez

os soluços balançam

os cachos de cabelo da moça

nos seus olhos lágrimas dançam

transbordam de seus olhos cor de mel

a lâmina indecisa entre canhoto e destro

brilha insensível aos acordes de Gardel.

Bárbara luiza Magalhães
Enviado por Bárbara luiza Magalhães em 30/03/2013
Reeditado em 15/11/2013
Código do texto: T4215581
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