SEM ASAS
(Sócrates Di Lima)

Arranquei minhas asas,
Não quero mais voar,
Elas eatavam sempre em brasas,
Viviam a se queimar.

A paixão não me pega,
Talvez o amor,
Desse quero levar outra esfrega,
pois amar,  é o que tem de mehor.

Não quero um amor de carnaval,
Nem amor de estacão,
Quero um amor visceral,
Daqueles que arrebenta o coracão.

Quero um amor que me deixe louco,
Sexualmente transmissível,
Que me deixar teso é pouco,
Que me faça indomável e invencível.

O amor se mitur ao sexo,
Um sem outro é mero ardor,
Não há amor sem sexo, é o causal nexo,
Mas, há o sexo sem amor.

Não quero amor de cama,
mas a cama com amor,
E se nela não houver o fogo em chama,
Não passa de sexo com pudor.

Nunca perecível, e nem eterno,
Mas que me faça amar  sem razão,
Pois, para que eu quero asas em folha de caderno,
Se minha libido está sempre embulição.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 30/03/2013
Reeditado em 30/03/2013
Código do texto: T4214831
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