De um Olhar Diáfano à Translucidez da Contemplação

No olhar de nuances âmbar

as certezas e dúvidas diárias

de vontades e desilusões

da dor, do amor, do Cristo.

No olhar distante, luzes diáfanas

e um refratário colorido dispersa

determinações e determinismos

de um adulto tão criança e menino.

De um olhar vadio e perspicaz

onde a destreza contorna a sombra das letras

ou apenas observa a poesia nua e fria

que jorra em fontes de inspiração.

Do meu olhar ápices da transfiguração

de um olhar espiritual que vigia

meus atos, meus fatos, meus fardos

pesados e satisfatórios e exuberantes.

Do olhar das estrelas lumes e cumes,

translucidez a flor da pele e da vida

e da morte tão eterna que o infinito arrefece

e a mente esquece e relembra os dias.

Do olhar divino inexorável a misericórdia

que transborda e anula e vislumbra a criação

de uma pétala inóspita e do ladrar do cão

e então, suas pupilas regem as incontáveis galáxias.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 30/03/2013
Código do texto: T4214715
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